Alguns moradores da cidade de Pantano Grande observavam incrédulos o desmanche de um prédio, localizado às margens da BR 471, quase no entroncamento com a BR 290, onde funcionava uma oficia mecânica, nesta quarta (11/12). Acompanhados de agentes da Polícia Federal, funcionários do Dnit coordenavam a demolição do prédio, após uma decisão judicial. O mecânico Carlos Alberto Silva Rosa Filho, proprietário da oficina, lamentou o desfecho do processo. Disse que a oficina existe há mais de 50 anos, e que há cerca de 30 anos, assumiu o local que foi desmanchado nesta quarta: “É muito triste ver o local com o qual tu sustenta tua família sendo derrubado como se eu fosse um criminoso”, explicou o mecânico, com os olhos marejados.

“Uma vida derrubada hoje”
Carlos Alberto Silva Rosa Filho
Vizinhos apreensivos
Outros moradores e prestadores de serviços com construções semelhantes às margens das BRs 471 e 290, em Pantano Grande, e que também estariam na faixa de domínio do Dnit, igualmente enfrentam processos judiciais. Alguns já ganharam o direito de permanecer com seu prédio “de pé”; Outros, porém, aguardam o desfecho na justiça. É o caso do casal Vanessa Bastos e Marcelo Carvalho. Eles têm uma empresa exatamente ao lado da oficina desmanchada nesta quarta em Pantano; Com um detalhe: A casa deles fica no segundo andar do prédio, o que aumenta o nervosismo do casal: “Não estamos ilegais. Quando construímos aqui, recebemos toda a documentação necessária. Eles querem 2 metros da nossa casa. Precisamos que alguém interceda por nós antes que eles cheguem derrubando tudo, como fizeram aqui do lado”, disse Vanessa.

“Alguém precisa interceder por nós”
Vanessa Bastos e Marcelo Carvalho
Dnit
Apesar de atender à imprensa e prestar esclarecimentos básicos em relação ao desmanche da oficina em Pantano Grande, após decisão judicial, o funcionário do Dnit responsável pela ação de hoje disse não estar autorizado a gravar entrevista.
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