A 7ª Abertura Oficial da Colheita do Tabaco no Rio Grande do Sul foi realizada na tarde de hoje, 7 de novembro, no Parque da Expoagro Afubra, na localidade de Rincão del Rey, Rio Pardo. A Abertura é uma realização das Secretarias de Desenvolvimento Rural e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, em parceria com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).
Ao saudar aos presentes, o presidente da Afubra, Marcilio Drescher, desejou a todos, principalmente ao casal Anderson Rafael da Silva Barros e Débora Roberta Wink Barros, que “sintam-se em casa, pois o Parque da Expoagro Afubra é a casa do produtor de tabaco. Este evento mostra a importância que a cultura tem e está sendo reconhecida por estar no calendário gaúcho de aberturas de colheitas. O tabaco é importante para a economia, não somente dos produtores, mas, também, para os municípios que tem em sua base, a agricultura”.
Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco, agradeceu a Afubra pelo apoio e a cedência do parque para a realização do evento. “Neste ano, tivemos mais um lembrete de que a agricultura é, em essência, uma grande empresa a céu aberto, sempre sujeita às forças da natureza, nos relembrando a resiliência dos produtores de tabaco. Mesmo com a forte chuva, estamos aqui para evidenciar a importância da nossa cadeia produtiva, além de homenagear os homens e mulheres que, com dedicação e esforço, impulsionam a economia dos municípios e do Estado”.
O deputado federal Heitor Schuch, ao se dirigir ao presidente do SindiTabaco, disse que “em todos os anos de liderança, nunca vi o preço de outras culturas tão baixos. Não deixem acontecer no tabaco o que está acontecendo nas outras culturas; façam o possível, pois a região precisa para continuar produzindo e manter a renda das famílias e dos municípios”. Sobre a COP11, disse que as lideranças estarão lá, fazendo o possível para que o setor saia com boas notícias.
Representando a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), o diretor Alex Teichmann, lembrou que, há um ano, na Abertura da Colheita, era lançado um programa que contempla a agricultura familiar. “O Terra Forte contemplará cerca de 8 mil produtores de tabaco, além de produtores de outras culturas. E eles têm desafios para serem superados”.
O senador Luís Carlos Heinze, enfatizou que, em toda a sua vida parlamentar, defende o setor por saber o que a atividade representa para os três Estados do Sul do Brasil. “Temos que continuar com esta atividade que traz renda para milhares de pequenos produtores numa cadeia organizada”. Ele ainda citou a realização da COP 11, onde as lideranças devem estar lá para defender o setor.
Sérgio Moraes, prefeito de Santa Cruz do Sul, disse que é preciso defender a cadeia produtiva do tabaco e desejou que mais lideranças políticas se juntem aos poucos que hoje o fazem. “Muitos municípios conseguem honrar com seus compromissos por ter, em sua economia, o tabaco. É dinheiro certo na mão”.
Representando o governo do Rio Grande do Sul, o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum destacou a pesquisa da Universidade Federal do Rio Brande do Sul, onde os dados mostram que os fumicultores são os que mais incentivam o estudo. “O preço do tabaco nunca baixou, como em outras culturas, e continua sendo a cultura rentável. É preciso união, pois a luta é a mesma, produtores, indústria, comércio”, ao dizer que estará acompanhando a COP 11.
O prefeito de Rio Pardo, Rogério Monteiro, ao saudar a família Barros, parabenizou-os pelo trabalho realizado. “Hoje é um dia de celebração; celebramos o fruto de muito trabalho, dedicação e amor pela terra. Cada folha colhida é uma superação. O produtor sustenta a cadeia e é importante para ao desenvolvimento dos municípios, estados e país. Sabemos que o momento é de desafios e é preciso união para enfrentar os desafios”.
Ainda participaram do evento os deputados estaduais Airton Artus, Kelly Moraes e Marcus Vinícius; o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco e coordenador da Câmara Setorial do Tabaco no Rio Grande do Sul, Romeu Schneider; o presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (AmproTabaco) e prefeito de Vera Cruz, Gilson Becker; os prefeitos de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa; de Herveiras, Nasario Kuentzer; e o vice-prefeito de Sinimbu, Vanderlei Fredrich, produtores e imprensa.
HOMENAGEM – O evento estava marcado para a propriedade do casal Anderson Rafael da Silva Barros e Débora Roberta Wink Barros, na localidade de Estrada São José da Reserva, interior de Santa Cruz do Sul. Junto com o filho Henrique, de nove meses, e os pais de Anderson, Jair Rodrigo de Barros e Ceni da Silva de Barros, eles foram homenageados pelo SindiTabaco com cestas e pela Afubra, com cestas e um kit produtividade com insumos para o plantio de um hectare de milho.
ASSINATURA – Durante a programação da Abertura da Colheita ocorreu também a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica do programa ‘Tabaco é Agro: Diversificação das Propriedades’. A ação, lançada em março de 2025, veio para potencializar as atividades de diversificação por meio do incentivo à produção sustentável. A realização é do SindiTabaco e suas empresas associadas, com apoio dos governos estaduais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, Afubra, Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc/Senar), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP/Senar) e Instituto de Desenvolvimento Rural Paraná (Iapar-Emater).
NÚMEROS – A produção sul-brasileira de tabaco da safra 2024/2025 foi de 719.891 toneladas, sendo 648.189 toneladas na variedade Virgínia, 59.629 no Burley e 12.073 toneladas no Galpão Comum. As 69.238 famílias gaúchas produziram, em 131.789 hectares, 268.727 toneladas de Virgínia, 33.518 de Burley e 1.149 toneladas de Comum, totalizando 303.393 toneladas produzidas no Rio Grande do Sul. A produtividade do tabaco produzido pelo fumicultor gaúcho ficou, no geral, em 2.313 kg/ha no Virgínia, 2.242 kg/ha no Burley e 1.746 kg/ha no Comum.
ABERTURA – A primeira Abertura Oficial da Colheita do Tabaco no RS foi realizada em 2017, em Venâncio Aires, seguida por Canguçu em 2018, Arroio do Tigre em 2019, Vale do Sol em 2021, São Lourenço do Sul em 2022 e, em 2024, no Parque da Expoagro Afubra, em Rio Pardo.
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